O que é a realidade para você?
Tenho a certeza de que uma serie de respostas começam a surgir neste momento em sua mente, por exemplo: o dia a dia no trabalho; as contas no final do mês; a escola do filho; o bate-bola com os amigos; os conflitos conjugais; as encrencas familiares; o transito caótico; a violência urbana, etc...;
Tudo isso está certo, uma vez que temos como conceito de realidade o mundo material a nossa volta, ou seja, tudo aquilo que percebemos e entendemos como real.
E quanto à verdade, como você a definiria? Quem sabe os conceitos e valores próprios introjetados em cada um de nós, ou ainda, nossos ideais, nossos gostos, nossas aptidões, etc...; Creio que cada um de nós possui uma série de conceitos.
Certa vez durante a minha terapia comentei algo sobre um trabalho que estava me incomodando bastante, justificando meu comportamento dizendo: isso não é a minha verdade. Imediatamente meu analista riu, perguntando em seguida:
- E qual é a sua verdade?
Comecei a descrever tudo o que disse há pouco. Mais uma vez ele questionou:
- O que faz você pensar que conhece de fato a sua verdade?
Naquele instante tive meu insight, percebendo que na maioria das vezes aquilo que definimos como verdades podem estar muito distante da “verdade em sí”, e de certa forma, estava eu bem ali no divã me sentindo um idiota, arrogantemente afirmando me conhecer por inteiro, o que não é verdade.
Somos um universo misterioso, muitas vezes incompreendido e inexplorado. Nossas verdades mudam, transmutam de um conceito para outro ao longo de nossa vida, ainda que alguns ideais permaneçam intocáveis, o que pode ser perigoso.
Não estou dizendo que não possuímos nossa verdade – muito pelo contrario; Nossa verdade esta na essência de nossa alma, nosso interior, nosso espírito; O que estou tentando dizer é que arrogantemente nos forçamos a acreditar que somos profundos conhecedores de nós mesmos, quando tudo isso é apenas uma defesa contra a própria insegurança em perceber o quão misterioso somos nós para nós mesmos.
Nos conhecemos de fato? Eu tento, mas não da pra dizer que eu me conheço profundamente, ainda que esteja trilhando e trabalhando pra isso. Surpreendo-me com minhas próprias atitudes diante de situações inusitadas. Surpreendo-me diante das controvérsias que a vida parece me colocar propositadamente. Afirmo coisas como verdade, e depois de um bom tempo, as percebo como algo que já passou.
As coisas mudam. As opiniões mudam, e deve ser assim. Nós evoluímos desta maneira, mudando, apreendendo coisas novas, reciclando nossas “verdades”, nos tornando maleáveis diante da vida, mutáveis, para nossa própria evolução. No entanto, a essência do nosso ser continua única, firme, cada vez mais amadurecida, acrescida de novas idéias, novos valores, porem, construída a partir de bases sólidas e muitas vezes incompreendidas pela razão humana, ainda que a mente tente explicar, mas como dizia um grande psicanalista: O maior inimigo do homem é o seu próprio pensamento”.
Tentamos definir nossa verdade, nossa alma, nosso espírito à partir da razão, quando nem uma coisa nem outra poderá defini-la.
A verdade “é” – mais nada.
A verdade é o seu melhor, não aquela projetada para os outros no mundo externo, mas o seu melhor internamente, nas profundezas da alma.
Projetamos nossas verdades e meias verdades para fora, passando a vivê-las naquilo que denominamos de realidade. A realidade é apenas um reflexo daquilo que nós mesmos criamos como verdade.
E qual é a verdade enfim?
No meu conceito, eu diria que a minha verdade é aquilo que eu creio em mim.
Aquilo que eu creio e sinto lá na barriga num comixão, na maioria das vezes combatido pela voz da razão que já começa a dizer um monte de coisas contrarias.
Eu me lembro quando garoto de assistir a um filme maravilhoso no cinema. Na época, tudo o que via em filme, corria atrás pra ver se existia o livro desse filme. Me lembro de ir toda semana numa livraria especifica perguntando se já havia saído tal livro, e a resposta era sempre a mesma:
- Mas isso não é um filme? Não existe isso em livro.
Bom, o filme saiu de cartaz, e eu, perseverando na minha certeza continuava enchendo o saco do livreiro quase toda semana. Passado uns três meses depois que o filme já havia saído de cartaz, qual foi minha surpresa quando entrei na livraria e lá estava ele – o livro do filme que havia me encantado. Fiquei algum tempo apenas olhando aquele objeto que pra mim, era muito mais que um livro, quando o livreiro que na altura já me conhecia se aproximou perguntando:
- É esse ai o livro não é?
- É sim – Respondi apalpando o livro, embasbacado com a gravura da capa que reproduzia exatamente algumas das cenas incríveis contidas no filme em questão.
Daí a pergunta interessante feita pelo homem da livraria:
- Como você sabia que esse livro ia sair?
- Eu tinha certeza – respondi com um baita sorriso na cara, sem saber o porque havia respondido aquilo.
Na verdade, não sei até hoje, mas sei que são estas certezas anunciadas por um comixão, um apontamento daquilo que eu acredito piamente. Uma verdade.
Não estou dizendo que eu materializei o livro com a minha crença, nada disso, mas de alguma maneira, alguma coisa em mim me dava a certeza de que aquilo existia e ia ser meu. Eu acreditei na minha crença, e deu certo – nem Freud explica, mas quem sabe minha alma sim.
E você, quais são as suas crenças de verdade? Qual é a sua verdade? E qual é a realidade em que você se encontra agora? Da pra mudar?
Não existe realidade, apenas verdade interna criada por você mesmo; O que chamamos de realidade são projeções de infinitas pessoas, cabe a você embarcar nessa ou destacar-se seguindo esse comixão na barriga. Assumir que não nos conhecemos de fato, é o primeiro passo rumo a verdade interior.
Cada um vive aquilo que crê. Analise suas crenças e faça um balanço de cada um destes valores que na maioria das vezes, nos aprisionam e impedem uma serie de fluxos positivos e prósperos na nossa vida.
A pergunta é: o que você realmente acredita?
Não responda com a cabeça, pois na maioria das vezes nos pegamos com idéias bonitas e discurso próspero. Tem que sentir na barriga, no âmago da alma, sentir como verdade. A razão é facilmente desmascarada se você tiver a coragem de insistir e observar com calma, questionando suas próprias idéias e valores. Nos enganamos para nos mantermos numa zona de conforto.
Isso tudo da trabalho – obviamente que sim, mas o resultado é inquestionável.
O primeiro passo é trabalhoso, mas com o tempo e o exercício, começamos de fato a nos conhecer um pouquinho, verdadeiramente a nossa crença em nós mesmos.
Passos de formiga, porem passos verdadeiros projetando a sua volta tudo aquilo que existe de melhor em você e para você – criando uma vida mais simples, menos dramática, mais prazerosa, mais fácil, sem dificuldades....opa! difícil de acreditar?
Analise suas crenças e perceba que você já vive na integra tudo aquilo que você crê, lembrando que nossas crenças não são apenas em coisas boas, mas principalmente nas coisas ruins.
Cada um vive no inferno que pinta.
Acredito que o caminho para saber sobre a minha verdade seja analisar este conjunto de crenças, perceber porque é que boto tanta energia em coisas que não são úteis, não me fazem bem, emperram minha vida, tomando consciência de que nada disso vem da minha alma. Da alma, eu tenho a convicção de que somente coisas boas surgem naquilo que definimos como o nosso poder de criar nossa própria vida. Isto é uma verdade, o poder de criar e mudar a minha vida (não o mundo, nem tão pouco as pessoas). O resto não passa de crenças. Você pode mudá-las. Todos nós podemos.
A verdade não esta lá fora (brincando com a serie arquivo X), mas ai dentro de cada um.
Você acredita em você mesmo vivendo uma vida fácil, prospera e plena?
Abraço de quem ainda luta pra se conhecer um pouquinho mais.
Tenho a certeza de que uma serie de respostas começam a surgir neste momento em sua mente, por exemplo: o dia a dia no trabalho; as contas no final do mês; a escola do filho; o bate-bola com os amigos; os conflitos conjugais; as encrencas familiares; o transito caótico; a violência urbana, etc...;
Tudo isso está certo, uma vez que temos como conceito de realidade o mundo material a nossa volta, ou seja, tudo aquilo que percebemos e entendemos como real.
E quanto à verdade, como você a definiria? Quem sabe os conceitos e valores próprios introjetados em cada um de nós, ou ainda, nossos ideais, nossos gostos, nossas aptidões, etc...; Creio que cada um de nós possui uma série de conceitos.
Certa vez durante a minha terapia comentei algo sobre um trabalho que estava me incomodando bastante, justificando meu comportamento dizendo: isso não é a minha verdade. Imediatamente meu analista riu, perguntando em seguida:
- E qual é a sua verdade?
Comecei a descrever tudo o que disse há pouco. Mais uma vez ele questionou:
- O que faz você pensar que conhece de fato a sua verdade?
Naquele instante tive meu insight, percebendo que na maioria das vezes aquilo que definimos como verdades podem estar muito distante da “verdade em sí”, e de certa forma, estava eu bem ali no divã me sentindo um idiota, arrogantemente afirmando me conhecer por inteiro, o que não é verdade.
Somos um universo misterioso, muitas vezes incompreendido e inexplorado. Nossas verdades mudam, transmutam de um conceito para outro ao longo de nossa vida, ainda que alguns ideais permaneçam intocáveis, o que pode ser perigoso.
Não estou dizendo que não possuímos nossa verdade – muito pelo contrario; Nossa verdade esta na essência de nossa alma, nosso interior, nosso espírito; O que estou tentando dizer é que arrogantemente nos forçamos a acreditar que somos profundos conhecedores de nós mesmos, quando tudo isso é apenas uma defesa contra a própria insegurança em perceber o quão misterioso somos nós para nós mesmos.
Nos conhecemos de fato? Eu tento, mas não da pra dizer que eu me conheço profundamente, ainda que esteja trilhando e trabalhando pra isso. Surpreendo-me com minhas próprias atitudes diante de situações inusitadas. Surpreendo-me diante das controvérsias que a vida parece me colocar propositadamente. Afirmo coisas como verdade, e depois de um bom tempo, as percebo como algo que já passou.
As coisas mudam. As opiniões mudam, e deve ser assim. Nós evoluímos desta maneira, mudando, apreendendo coisas novas, reciclando nossas “verdades”, nos tornando maleáveis diante da vida, mutáveis, para nossa própria evolução. No entanto, a essência do nosso ser continua única, firme, cada vez mais amadurecida, acrescida de novas idéias, novos valores, porem, construída a partir de bases sólidas e muitas vezes incompreendidas pela razão humana, ainda que a mente tente explicar, mas como dizia um grande psicanalista: O maior inimigo do homem é o seu próprio pensamento”.
Tentamos definir nossa verdade, nossa alma, nosso espírito à partir da razão, quando nem uma coisa nem outra poderá defini-la.
A verdade “é” – mais nada.
A verdade é o seu melhor, não aquela projetada para os outros no mundo externo, mas o seu melhor internamente, nas profundezas da alma.
Projetamos nossas verdades e meias verdades para fora, passando a vivê-las naquilo que denominamos de realidade. A realidade é apenas um reflexo daquilo que nós mesmos criamos como verdade.
E qual é a verdade enfim?
No meu conceito, eu diria que a minha verdade é aquilo que eu creio em mim.
Aquilo que eu creio e sinto lá na barriga num comixão, na maioria das vezes combatido pela voz da razão que já começa a dizer um monte de coisas contrarias.
Eu me lembro quando garoto de assistir a um filme maravilhoso no cinema. Na época, tudo o que via em filme, corria atrás pra ver se existia o livro desse filme. Me lembro de ir toda semana numa livraria especifica perguntando se já havia saído tal livro, e a resposta era sempre a mesma:
- Mas isso não é um filme? Não existe isso em livro.
Bom, o filme saiu de cartaz, e eu, perseverando na minha certeza continuava enchendo o saco do livreiro quase toda semana. Passado uns três meses depois que o filme já havia saído de cartaz, qual foi minha surpresa quando entrei na livraria e lá estava ele – o livro do filme que havia me encantado. Fiquei algum tempo apenas olhando aquele objeto que pra mim, era muito mais que um livro, quando o livreiro que na altura já me conhecia se aproximou perguntando:
- É esse ai o livro não é?
- É sim – Respondi apalpando o livro, embasbacado com a gravura da capa que reproduzia exatamente algumas das cenas incríveis contidas no filme em questão.
Daí a pergunta interessante feita pelo homem da livraria:
- Como você sabia que esse livro ia sair?
- Eu tinha certeza – respondi com um baita sorriso na cara, sem saber o porque havia respondido aquilo.
Na verdade, não sei até hoje, mas sei que são estas certezas anunciadas por um comixão, um apontamento daquilo que eu acredito piamente. Uma verdade.
Não estou dizendo que eu materializei o livro com a minha crença, nada disso, mas de alguma maneira, alguma coisa em mim me dava a certeza de que aquilo existia e ia ser meu. Eu acreditei na minha crença, e deu certo – nem Freud explica, mas quem sabe minha alma sim.
E você, quais são as suas crenças de verdade? Qual é a sua verdade? E qual é a realidade em que você se encontra agora? Da pra mudar?
Não existe realidade, apenas verdade interna criada por você mesmo; O que chamamos de realidade são projeções de infinitas pessoas, cabe a você embarcar nessa ou destacar-se seguindo esse comixão na barriga. Assumir que não nos conhecemos de fato, é o primeiro passo rumo a verdade interior.
Cada um vive aquilo que crê. Analise suas crenças e faça um balanço de cada um destes valores que na maioria das vezes, nos aprisionam e impedem uma serie de fluxos positivos e prósperos na nossa vida.
A pergunta é: o que você realmente acredita?
Não responda com a cabeça, pois na maioria das vezes nos pegamos com idéias bonitas e discurso próspero. Tem que sentir na barriga, no âmago da alma, sentir como verdade. A razão é facilmente desmascarada se você tiver a coragem de insistir e observar com calma, questionando suas próprias idéias e valores. Nos enganamos para nos mantermos numa zona de conforto.
Isso tudo da trabalho – obviamente que sim, mas o resultado é inquestionável.
O primeiro passo é trabalhoso, mas com o tempo e o exercício, começamos de fato a nos conhecer um pouquinho, verdadeiramente a nossa crença em nós mesmos.
Passos de formiga, porem passos verdadeiros projetando a sua volta tudo aquilo que existe de melhor em você e para você – criando uma vida mais simples, menos dramática, mais prazerosa, mais fácil, sem dificuldades....opa! difícil de acreditar?
Analise suas crenças e perceba que você já vive na integra tudo aquilo que você crê, lembrando que nossas crenças não são apenas em coisas boas, mas principalmente nas coisas ruins.
Cada um vive no inferno que pinta.
Acredito que o caminho para saber sobre a minha verdade seja analisar este conjunto de crenças, perceber porque é que boto tanta energia em coisas que não são úteis, não me fazem bem, emperram minha vida, tomando consciência de que nada disso vem da minha alma. Da alma, eu tenho a convicção de que somente coisas boas surgem naquilo que definimos como o nosso poder de criar nossa própria vida. Isto é uma verdade, o poder de criar e mudar a minha vida (não o mundo, nem tão pouco as pessoas). O resto não passa de crenças. Você pode mudá-las. Todos nós podemos.
A verdade não esta lá fora (brincando com a serie arquivo X), mas ai dentro de cada um.
Você acredita em você mesmo vivendo uma vida fácil, prospera e plena?
Abraço de quem ainda luta pra se conhecer um pouquinho mais.
Excelente!
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